sexta-feira, 11 de setembro de 2009

um feito de três.

huile sur toile 100 x 100 cm 2009.

carnagem ll

huile sur toille 60 x 70 cm 2009.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

corpombrosto

corpo ombro rosto . óleo sobre tela, 90 x 90 cm 2009.

eu e o sr. Manoel de Barros

sábado passado passamos a tarde com ele, eu a Guigui e a Julia.

Quero dizer a todas as amigas, amigos e colecionadores que acompanham este blog que mais uma vez as minhas obras vêem da poesia, da força das palavras, da imaginação. Leio o Manoel de Barros (Dr. Néquinho, como as pessoas mais próximas o chamam carinhosamente) que está aí em cima comigo e está escrevendo um texto sobre a minha obra para uma exposição em Paris,leio o Lobivar de Matos que é lá da terrinha, Ricardo Guilherme Dick que eu o conheci também de Cuiabá, quando eu morei num hotel fazenda perto da casa dele, leio a Hilda Hilst que infelizmente eu não a conheci ( também ninguém pode ser tão feliz assim numa vida só.) mas ela conhecia o Ricardo, leio tantos outros...mas tem um cara, que é ai que eu queria chegar, que se chama Carlos Maria de Araújo que eu o descobri a pouco e que é pouco conhecido também em portugal, um poeta muito “despojado e intenso”como o Jorge de Sena disse e pode explicar melhor ai em baixo quem ele é, bom...com o espírito inquieto e a imaginação fértil fiz estas obras de uma série entitulada “carnagem”, depois que eu li num poema do Carlos Maria que era assim : "A carnagem do sal em nossos pés" e outras poesias também maravilhosas, como as poesias são para quem precisa ....O resto meus amigos é tudo da minha cabeça-emoção.Valeu! E muito obrigado mais uma vez Dr. Néquinho, pela força e por tantos outros trabalhos que eu só consegui produzir depois de ler tuas pô-esias.
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Carlos Maria de Araújo segundo Jorge de Sena
[...] A sua obra muito breve é por certo das mais notáveis da poesia portuguesa que o desconhece ainda [...]; e pode considerar-se representada pelos dois livros que publicou pouco antes de morrer. Poesia extremamente despojada e densa, de uma intensa severidade formal e de vigorosa emoção contida numa expressão lapidar, é bem a de um oficiante das trevas, dessas trevas que tão terrivelmente cobrem a vida e o mundo. Nos seus ritmos curtos e sincopados, sob os quais todavia flui oculta uma simplicidade quase sentimental, esta poesia significa, como poucas das recentes, uma fulgurante definição do exílio português, no que ele tem de amargo e de frustrado, como no que, nele, resiste a tudo e mesmo ao medo que o verso tenha de sê-lo na boca do poeta, qual este disse num dos seus mais belos poemas.
JORGE DE SENA

carnagem

hst 60 x 70 cm 2009.